Ela era jovem e sonhava. Em silêncio, aguardava a chegada daquele que seria o pai dos seus filhos. De repente, numa noite de festa, ela o viu. Ele se debruçava absorto, olhos fechados, dedilhando seu bandoneón, do qual extraía melodias de tangos e boleros que embalavam o baile. Numa faísca vital, seus olhares se cruzaram. Quando ele a tirou para dançar, ela teve certeza de que era “ele”. No dia seguinte, nem a frenética algazarra de seus irmãos menores a tirava do seu devaneio: “Vou casar com aquele moreno”. Devagar, ponto a ponto, ela costurava seu destino.
E foi assim que ela conheceu e se enamorou daquele que seria o seu companheiro, marido, pai de seus filhos e, depois de ter abandonado muito cedo esse mundo, seu eterno amor.


Ouça um dos tangos que ele costumava tocar ao bandoneón:
http://www.truveo.com/Mano-a-Mano/id/3254517852
Ouça um dos boleros preferidos, que ela gostava de dançar com o seu “Amore Mio”:
http://www.youtube.com/watch?v=gPRESlT4Ccg
Querida, amada mamãe, que finalmente descansa. Que finalmente entrou para a mesma dimensão do seu “Amore Mio”:
“Feliz Dia das Mães, das Avós e das Bisavós”!
Silencio en la noche...
(Clique "play" no símbolo de som)
http://www.esnips.com/doc/68984d45-0a4b-4903-9a83-f08bcbd9d5dd/imagenes-de-GARDEL-cantando-el-tango-silencio
Lembro de a Mãe contar o diálogo que teve, depois do baile, com a Tia Ritinha, sua única irmã. Foi mais ou menos assim:
ResponderExcluir- Rita, conheci um moreno chamado Laurindo, e é com ele que vou me casar.
- Credo, Zilda, tu mal conhece ele, pode até ser casado.
- Não é não, eu sei.
E ele, por sua parte, ao retornar a Restinga Seca confidenciou a sua mãe: “Conheci uma moça em São Sepé e vou me casar com ela.
Foi o tal do amor à primeira vista.